terça-feira, 29 de novembro de 2011

DVD CRIAS 01

DVD Crias 01
O Bebê mais feliz do pedaço

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PASTA 93 pes aya Via Solis - algumas músicas que uso nas sessões de ayahuasca
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PASTA audio – 1h05 palestra com GAIARSA – gravado por Rui Takeguma
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PASTA filme bônus – Cortina de Fumaça – pirateado da web
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PASTA filminhos -
A Propaganda do Ano – Oão Cu Manteiga – 1minutos
Arabian method on how to teach a child to swin – 1minuto 5 segundos
Baptizado – 37 segundos
capu01ruiceci.mov – 2005 no Tendal da Lapa – disponível no youtube - 2minutos37segundos
educacaoGAIA – 13min.40segundos
educacaoGAIAp – 4min.51segundos
étãofácila - 16minutose37segundos
educacaogaia.mov – 2007 na Clínica do Francisco – 13minutos40segundos
gaiapa01 a 11 – 2009 no Tendal da Lapa – A nova mãe e a nova criança – palestra e debate
gaiarsanoteso.mov - 2007 na Clínica do Francisco – 41minutos18segundos arquivo Completo filmagem Rui Takeguma
josé angelo gaiarsa - o corpo em movimento.mp4 – vídeo encontrado por aí...
matarseupai – 8 minutos
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PASTA imagens
04pag14 e 23 FIM – Guia e Mapa Alto do Rio Preto de Visconde de Mauá
07paginas....jpg – 4 páginas do Jornal Tesão nº7
conversacoes.jpg – imagem de divulgação do evento de 2009 no Tendal da Lapa (ver pasta filminhos gaiapa 01 a 11)
escher
estatueta.jpg e gaiarsapremiado.jpg – fotos de Rui Takeguma de Dr. Gaiarsa e sua premiação, de 2009
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PASTA textos -
a nova mãe e a nova criança – texto palestra de 2009, serviu de base ao encontro conversa-ações no Tendal da Lapa com Rui Takeguma e Dr. José Ângelo Gaiarsa, depois publicamos no início de 2011 na revista AmaR&BrincaR
Capoeira Qual é a Sua de Rui Takeguma
declaran patrimonio cultural.doc – texto da ayahuasca sendo colocada como bem imaterial no Perú.
Manifesto da rev pedag.doc – texto de Dr. José Ângelo Gaiarsa sobre educação infantil

sábado, 22 de outubro de 2011


ENTRADA FRANCA

Debate sobre ALFABETIZAÇÃO DE BEBES E CRIANÇAS -
no restaurante e Espaço Cultural BAMBU no Poção de 7m da Maromba, dia 25/10/11 terça-feira as 18h

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Boletim por e-mail

Quem deseje receber um BOLETIM APERIÓDICO por e-mail,
mande um para somaterapia@gmail.com avisando do interesse, e de onde ficou sabendo do Boletim...

Rui Takeguma

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dormindo com o bebê: mitos e verdades

“Dormindo com o bebê: mitos e verdades
Os pais que dormem com os seus bebês na cama, hoje em dia, não falam muito sobre isso. Se não fizerem assim, todos irão criticá-los. Tanto os amigos como as pessoas estranhas lhes dizem que eles nunca mais conseguirão dormir direiro, que os bebês vão ter problemas para dormir e que a criança não irá sobreviver, pois será esmagada. NENHUMA DESSAS AFIRMAÇÕES É VERDADE (grifo meu). E muitos pais agem assim, amam fazê-lo e mantêm isso como um segredo em família. Vamos examinar o assunto.”


Assim começa o capítulo 10 do livro “Criando Bebês” de Dr. Howard Chilton, Editora Fundamento Educacional de maio de 2004.
Devo publicar na próxima revista AmaR&BrincaR um pouco mais deste livro que estou lendo, sou muito chato a respeito de livros sobre crianças, pois tem muita besteira escrita, este já se mostra bem mais interessante...

sábado, 24 de setembro de 2011

Rudá Gargalhando

10 de setembro de 2011 as 16h19 - um pouco de Rudá... www.ruda-ie.blogspot.com - www.amarebrincar.blogspot.com - www.criasdofuturo.blogspot.com



http://youtu.be/MgTXQ2Cfgtg

email que enviei aos deputados

Sou pai de 2 crianças, a Cecília de 8 anos e o Rudá de 5 meses.

Sou a favor do ensino em casa, e pelo direito óbvio de decidir a educação de meus filhos.

Sou a favor da escola pública para os pais que não podem educar em casa, mas discordo totalmente da imposição do ensino escolar.

Acho um absurdo a violência que os pais de Timóteo/MG (Cléber Nunes e esposa) estão sofrendo...

Divulgo minhas idéias no BLOG www.criasdofuturo.blogspot.com

REJEITAMOS O RELATÓRIO DO Dep. Waldir Maranhão (PP-MA) e pedimos a aprovação dos:
Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG),
e Projeto de Lei (PL) 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB)

Rui Takeguma
Te&So

enviado em 24/9/11 para cec@camara.gov.br, dep.fatimabezerra@camara.gov.br, dep.lelocoimbra@camara.gov.br, dep.arturbruno@camara.gov.br, dep.aliceportugal@camara.gov.br, dep.biffi@camara.gov.br, dep.nazarenofonteles@camara.gov.br, dep.paulopimenta@camara.gov.br, dep.pedrouczai@camara.gov.br, dep.reginaldolopes@camara.gov.br, dep.waldenorpereira@camara.gov.br, dep.gabrielchalita@camara.gov.br, dep.joaquimbeltrao@camara.gov.br, dep.professorsetimo@camara.gov.br, dep.raulhenry@camara.gov.br, dep.maragabrilli@camara.gov.br, dep.pintoitamaraty@camara.gov.br, dep.waldirmaranhao@camara.gov.br, dep.luizcarlossetim@camara.gov.br, dep.nicelobao@camara.gov.br, dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.gov.br, dep.izalci@camara.gov.br, dep.paulofreire@camara.gov.br, dep.tiririca@camara.gov.br, dep.dr.ubiali@camara.gov.br, dep.luiznoe@camara.gov.br, dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br, dep.antonioroberto@camara.gov.br, dep.stepannercessian@camara.gov.br, dep.alexcanziani@camara.gov.br.br, dep.elianerolim@camara.gov.br, dep.emilianojose@camara.gov.br, dep.josedefilippi@camara.gov.br, dep.newtonlima@camara.gov.br, dep.ruicosta@camara.gov.br, dep.eliseupadilha@camara.gov.br, dep.maurobenevides@camara.gov.br, dep.pedrochaves@camara.gov.br, dep.renanfilho@camara.gov.br, dep.rogeriopeninhamendonca@camara.gov.br, dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br, dep.eduardobarbosa@camara.gov.br, dep.jorginhomello@camara.gov.br, dep.nelsonmarchezanjunior@camara.gov.br, dep.esperidiaoamin@camara.gov.br, dep.joselinhares@camara.gov.br, dep.eleusespaiva@camara.gov.br, dep.joaobittar@camara.gov.br, dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br, dep.ariostoholanda@camara.gov.br, dep.romario@camara.gov.br, dep.ozieloliveira@camara.gov.br, dep.penna@camara.gov.br, dep.rosaneferreira@camara.gov.br, dep.danrleidedeushinterholz@camara.gov.br, dep.pastormarcofeliciano@camara.gov.br, dep.jandirafeghali@camara.gov.br, dep.ivanvalente@camara.gov.br

pela legalização do homeschooling

http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/12437-urgente-pela-legalizacao-do-homeschooling.html


Urgente: pela legalização do homeschooling

Escrito por Felipe Ortiz | 23 Setembro 2011
Artigos - Educação

Prezados,

Tramitam na Câmara dos Deputados, desde 2008, os Projeto de Lei (PL) 3518/2008, de autoria dos Deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Miguel Martini (PHS-MG), e 4122/2008, de autoria do Dep. Walter Brito Neto (PRB-PB). Esses projetos, que estão tramitando juntos, propõem a legalização explícita do ensino domiciliar ou homeschooling no Brasil.

Eles começaram a sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, onde estão até hoje. Para quem não sabe, a Câmara se divide em comissões temáticas, que são grupos de deputados que se especializam em certos assuntos. Todos os projetos que dizem respeito à educação e à cultura passam pela CEC. Quando um projeto de lei passa por qualquer comissão da Câmara, um dos deputados-membros é escolhido como relator e tem a tarefa de examinar o projeto e produzir um relatório a seu respeito, explicando-o aos demais membros da comissão e recomendando a aprovação ou rejeição do projeto. A comissão é livre para acatar ou não o relatório do deputado relator, mas em geral a tendência é acatá-lo.

Em junho de 2009, a então deputada relatora, Bel Mesquita (PMDB-PA), apresentou à CEC um relatório propondo a rejeição dos projetos sobre homeschooling, alegando que eles violariam a Constituição e as leis brasileiras, que a socialização escolar é imprescindível e que há países desenvolvidos que proíbem ou restringem o ensino domiciliar.

Em julho de 2009, o Dep. Lobbe Neto (PSDB-SP) sugeriu à CEC que, antes que ela tomasse alguma decisão acerca do relatório da Dep. Bel Mesquita e dos projetos sob análise, fosse realizada uma audiência pública, na qual a CEC convidaria especialistas no assunto a apresentarem palestras e discutirem o tema perante a Comissão. Essa audiência de fato foi realizada em outubro de 2009, com a participação dos seguintes palestrantes:

(a) o Sr. Carlos Artexes Simões, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação;

(b) o Sr. Cláudio Ferraz Oliver, escritor, mestre em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, e residente nessa cidade;

(c) o Sr. Cléber de Andrade Nunes, designer, residente em Timóteo (MG), pai de dois adolescentes que estão sendo educados em casa por ele próprio e por sua mulher, e que por causa disso está enfrentando ações judiciais divulgadas na imprensa de todo o país;

(d) o Prof. Luiz Carlos Faria da Silva, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e professor da Universidade Estadual de Maringá (PR);

(e) o Prof. Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar, procurador do Banco Central do Brasil, professor de Direito na Universidade Paulista e em vários cursos preparatórios para concursos em Brasília.

O representante do MEC posicionou-se contrário aos projetos; todos os demais, contudo, se pronunciaram favoravelmente e apresentaram com brilho vários argumentos relevantes.

Em consequência dessa audiência, o deputado que a presidiu, Wilson Picler (PDT-PR), convenceu-se do mérito do ensino domiciliar e preparou uma proposta de emenda constitucional (PEC) destinada a consagrar na Constituição Federal o direito ao ensino domiciliar. Ele conseguiu o apoio de dezenas de outros deputados para apresentar essa proposta. Trata-se da PEC 444/2009, que também está tramitando no Congresso. Não se deve confundir a PEC 444/2009 com os dois projetos de lei que estou comentando aqui; enquanto a PEC pretende alterar a Constituição Federal, os PLs pretendem modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para os interessados na prática do ensino domiciliar, é muito importante a aprovação tanto da PEC quanto destes PLs.

Pois bem: depois dessa audiência pública, a tramitação dos PLs na CEC da Câmara parou por um longo tempo. O relatório da Dep. Bel Mesquita foi arquivado sem ser votado. A deputada, por sua vez, não foi reeleita e saiu da Câmara dos Deputados.

Até que agora, em 15/09/2011, o novo relator, o Dep. Waldir Maranhão (PP-MA), apresentou um novo relatório à CEC sobre esses projetos. E esse segundo relatório também recomenda a rejeição dos dois projetos, com base em argumentos idênticos aos da antiga relatora Bel Mesquita.

Esse relatório ainda não foi votado pela CEC, mas pode vir a ser votado a qualquer momento. Caso a CEC aceite o relatório, os projetos serão rejeitados definitivamente e nós perderemos uma oportunidade histórica de legalizarmos o ensino domiciliar no Brasil. É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.

Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:

cec@camara.gov.br, dep.fatimabezerra@camara.gov.br, dep.lelocoimbra@camara.gov.br, dep.arturbruno@camara.gov.br, dep.aliceportugal@camara.gov.br, dep.biffi@camara.gov.br, dep.nazarenofonteles@camara.gov.br, dep.paulopimenta@camara.gov.br, dep.pedrouczai@camara.gov.br, dep.reginaldolopes@camara.gov.br, dep.waldenorpereira@camara.gov.br, dep.gabrielchalita@camara.gov.br, dep.joaquimbeltrao@camara.gov.br, dep.professorsetimo@camara.gov.br, dep.raulhenry@camara.gov.br, dep.maragabrilli@camara.gov.br, dep.pintoitamaraty@camara.gov.br, dep.waldirmaranhao@camara.gov.br, dep.luizcarlossetim@camara.gov.br, dep.nicelobao@camara.gov.br, dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.gov.br, dep.izalci@camara.gov.br, dep.paulofreire@camara.gov.br, dep.tiririca@camara.gov.br, dep.dr.ubiali@camara.gov.br, dep.luiznoe@camara.gov.br, dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br, dep.antonioroberto@camara.gov.br, dep.stepannercessian@camara.gov.br, dep.alexcanziani@camara.gov.br.br, dep.elianerolim@camara.gov.br, dep.emilianojose@camara.gov.br, dep.josedefilippi@camara.gov.br, dep.newtonlima@camara.gov.br, dep.ruicosta@camara.gov.br, dep.eliseupadilha@camara.gov.br, dep.maurobenevides@camara.gov.br, dep.pedrochaves@camara.gov.br, dep.renanfilho@camara.gov.br, dep.rogeriopeninhamendonca@camara.gov.br, dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br, dep.eduardobarbosa@camara.gov.br, dep.jorginhomello@camara.gov.br, dep.nelsonmarchezanjunior@camara.gov.br, dep.esperidiaoamin@camara.gov.br, dep.joselinhares@camara.gov.br, dep.eleusespaiva@camara.gov.br, dep.joaobittar@camara.gov.br, dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br, dep.ariostoholanda@camara.gov.br, dep.romario@camara.gov.br, dep.ozieloliveira@camara.gov.br, dep.penna@camara.gov.br, dep.rosaneferreira@camara.gov.br, dep.danrleidedeushinterholz@camara.gov.br, dep.pastormarcofeliciano@camara.gov.br, dep.jandirafeghali@camara.gov.br, dep.ivanvalente@camara.gov.br

Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).

Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589

e esta é a do PL 4122/2008:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=412025

Cliquem em "inteiro teor", logo do lado dos números dos projetos, e vocês poderão lê-los.

Na página do PL 3518/2008, lá embaixo, vocês encontram uma referência ao parecer do Dep. Waldir Maranhão. Cliquem em "inteiro teor" e vocês poderão ler o relatório que ele escreveu.

Nessas páginas vocês também encontram outros documentos relevantes.

Por favor, encaminhem esta mensagem para qualquer pessoa que possa se interessar pelo tema.



Obrigado.

Atenciosamente,

Felipe Ortiz

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

E a liberdade de ensinar fora da escola...

Divulgo a comunidade do NING que acabei de descobrir, ainda não explorei tudo...
http://ensinodomestico.ning.com/



E a luta de Cléber Nunes de Timóteo-MG (divulgado no Jornal TESÃO nº 7):


http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/02/condenado-pela-justica-casal-de-mg-mantem-filhos-fora-da-escola.html

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sábado, 20 de agosto de 2011

vídeos no youtube

http://youtu.be/hALDvJflh5g



Ceci e Rudá na Vila Formosa

19 de agosto de 2011 - Vila Formosa - Cecília e Rudá - www.criasdofuturo.blogspot.com

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http://youtu.be/_LMW51zuuHI



Rudá voador em 17 de agosto de 2011

17 de agosto de 2011 - 16h10 com quase quatro meses e meio, Rudá gosta de ser elevado por uma ou duas mãos e curtir tudo se apoiando pela barriga e peito... www.ruda-ie.blogspot.com - www.criasdofuturo.blogspot.com


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http://youtu.be/rdMmC2OiaHI



Conversas com a Ceci
22 de julho de 2011 16h53 -chegando em Mauá com a Cecília (vindo do Rio)... www.criasdofuturo.blogspot.com

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A droga do Cartório...

A DROGA DO CARTÓRIO

Dizem que droga é o que vicia, é o que causa dependência. Quero nesse texto comentar um incidente que ocorreu no GRAAL de Resende no dia 1º de Agosto de 2011 com a empresa COMETA, a segurança do GRAAL e funcionários da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Esse ocorrido mostra a DIFICULDADE de se obedecer a LEI no que concerne ao DIREITO de um pai cuidar de sua filha, em relação ao transporte de ônibus.
Resolvi escrever este texto por dois motivos: não é a primeira vez que acontece um incidente do tipo, e resolvida a questão, o funcionário da ANTT falou que era uma exceção e que na próxima vez EU DEVERIA USAR A DROGA DO CARTÓRIO (lógico que a droga é colocação minha...).

Fatos

Fim de férias escolares, minha filha de 8 anos estava comigo em Visconde de Mauá e iria voltar com o tio André pra São Paulo. Como conheço as leis, preparo uma “Autorização pra Viagem” manuscrita e acrescentos as identidades originais, minha e de minha filha, sem falar que o André também portava seu documento original.. Assim, segundo a Lei 8.069/90 do Estatuto da Criança e Adolescente no Art 83, parágrafo 1º, letra b estávamos prontos pra viajar.
Muito movimento, chegamos pro ônibus das 9h mas só tinha vaga para as 13h. Ainda depois de comprar a passagem, aviso o funcionário do guichê da Cometa que vou mandar minha filha com outra pessoa e como já aconteceu problema antes, e o mesmo funcionário viu tudo, já aviso pra ver se é possível resolver de antemão, mas ele responde “isso não é comigo”.
Na hora do embarque, o motorista não aceitou a autorização JUSTIFICANDO A NECESSIDADE DE RECONHECIMENTO DE FIRMA DE MINHA ASSINATURA NA AUTORIAÇÃO DE VIAGEM.
Aí começa, o primeiro viciado e dependente de cartório: o motorista da Cometa.
Argumento que não é necessário, que conheço a Lei e insisto no embarque. Assim é chamado o funcionário da ANTT com uma cópia da lei em mãos.
O Segundo viciado e dependente de cartório: o funcionário da ANTT.
Visto que ele tem uma leitura diferente da lei, entramos em conflito. Falo pra ele SIMPLESMENTE LER o papel que está na suas mãos (a lei), mas como também nessas alturas meu tom de voz não é nada conciliador, o funcionário da ANTT recua 3 passos e dá sinal pro ônibus ir embora, recusando o embarque da minha filha, e nesse momento vem um funcionário da Cometa superior ao do guichê me entregando o valor das passagens.
Aí reparei que por submissão profissional, ou falta de crítica, de que TODOS os funcionários da Cometa do GRAAL que estavam no momento eram também viciados e dependentes de Cartório.
Tive de me colocar fisicamente na porta do ônibus pra impedir sua partida, me recusei a receber o dinheiro das passagens e pedi pra que chamassem a polícia.
Falavam pra ligar pro Comissariado da Infância e Juventude de Resende, mas ele estava em horário de almoço (mesmo depois de resolvido o incidente, fui até a ANTT para tentar contato e esclarecimento, mas não atendia o telefone do Comissariado (24-3358-9641).

Vício e dependência

Como sou terapeuta há mais de 20 anos, entendo que o problema de vício ou dependência não está no objeto e sim no sujeito. Dizendo de outra forma, o problema das chamadas “drogas”(*) não é a substância em si, mas o mecanismo que faz o sujeito precisar da droga como subterfúgio do viver. Ou seja, o problema é a dependência da dependência ou o vício do vício. Isso é claro, quando se trata o drogado de uma substância e ele depois procura outras substâncias pra manter o papel da substância anterior. Mas não vou aprofundar a questão nesse texto, só abrir essa perspectiva.
Apesar de vivermos numa aparente democracia, os cartórios são uma representação VIVA do que há de mais retrógrado na relação da política com o social. Tanto que os cartórios são MÁFIAS autorizadas e oficiais, ambiente de SE GANHAR DINHEIRO FÁCIL e QUE PASSA DE FORMA HEREDITÁRIA A SEUS MEMBROS. Isso é, as crianças são ensinadas “nestes tempos democráticos” das histórias de reis e rainhas, mas os verdadeiros príncipes atuais são os que nascem nas famílias que são DONAS dos cartórios. Pois essas crias terão a PRAGA (pra um capitalista é um sonho uma situação dessa, mas pra mim é uma prisão pra criança receber essa herança maldita...) de receber NÃO POR MERECIMENTO E COMPETÊNCIA, mas por herança genética uma fábrica de dinheiro fácil (os cartórios).
Mas o que se torna o mais bizarro desse acontecimento, é que esse SISTEMA CARTORIAL embutiu ou viciou nas pessoas o seu uso, mesmo quando não necessário.
O que provoco no título deste texto é o absurdo de ILEGALMENTE quererem me obrigar a usar dessa ferramenta malígna, os cartórios, e claro, pagando pra reconhecer minha firma (ou seja, pagando pra garantir que minha assinatura é minha – deveriam eles me pagar pra isso... rsrs).
Falo ILEGALMENTE pois se não consta na lei citada (reproduzo uma imagem digital do texto da lei anexo a esse texto), é um desejo de burocracia dessa legião de funcionários que não querem se dar ao “trabalho” de LER O QUE ESTÁ ESCRITO.
Alguns leitores desse texto poderiam argumentar que é válido o reconhecimento de firma de minha assinatura nesse caso, pois é viagem de criança, etc e tal. Eu poderia até aceitar esse entendimento SE EU NÃO FOSSE PESSOALMENTE AO EMBARQUE APRESENTAR A AUTORIZAÇÃO. Mas ao fazer isso, se elimina pela lógica o reconhecimento de firma. Mesmo pra quem não leia a lei.
Eu poderia fazer uma teoria da conspiração e achar que esses funcionários recebem propina de algum cartório local, mas prefiro essa visão de que são pessoas que se viciaram e ficaram dependentes do sistema cartorial mesmo quando ele não é necessário. E se preciso autenticar minha assinatura mesmo assinando na hora do embarque a Autorização e tendo minha Carteira de Identidade, MOSTRA QUE PARA ESSES FUNCIONÁRIOS, A MINHA CARTEIRA DE IDENTIDADE NÃO TEM VALOR PRA PROVAR QUE EU SOU EU....(outra ilegalidade...)

Final

Enfim, eu filmando tudo com uma câmera digital, pedindo pra chamar a polícia. A pressão de outros passageiros reivindicando seus direitos e desejos de cumprir os horários, fez com que eu conseguisse que respeitassem a lei, isto é, minha filha embarcou com o tio pra Sampa sem a necessidade de eu ter de ir GASTAR e ME SUBMETER ao cartório.
Mas depois de resolvido, ao falar com os funcionários da ANTT e da Cometa, vejo a decepção. Eles ainda se acham certos e pedem pra que “numa próxima vez” eu passe no cartório...

Justamente porque não vou passar num cartório a não ser que seja uma NECESSIDADE LEGAL, que escrevo esse texto e publico na Internet.

Outros pais podem achar mais fácil “abrir as pernas” e usar essa coisa fedida que é o sistema cartorial, mas prefiro fazer à minha maneira, que chamo de AÇÃO DIRETA. Não recomendo ninguém fazer do meu jeito ou de outro jeito, somente mostro nesses pequenos momentos do viver, uma forma guerreira de agir pra minha filha ter mais exemplos sociais que a grande manada de cordeiros que rodeiam nosso viver. Cordeiros que não tem autocrítica e que facilmente se tornarão viciados e dependentes de sistemas externos ao seu pensar e agir, como a leis, cartórios e religiões...

Escrevo esse texto e vou ligar agora pro SR. Fernando do Comissariado e esperar alguma resposta....

Rui Takeguma
Poção de 7m da Maromba em 2 de agosto de 2011





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Aproveito esse momento de estar colocando esse texto no ar e mando uma sugestão a ANTT:

Após conflito no GRAAL de Resende, ao procurar embarcar minha filha de acordo com a lei vigente, os funcionários da ANTT não quiseram obedecer a lei, me impondo uma ida ao cartório que não é necessária... Solicito providências pra evitar um terceiro acontecimento (no primeiro, há alguns meses, o funcionário da ANTT concordou comigo, dessa vez não). Fica a sugestão de explicar ao funcionário da GRAAL Resende a lei (pois ele parece ler e não entender...)

foi recebida e dado essa informação:

Mensagem cadastrada
Brasília/DF, 02/08/2011 15:09:34
Acusamos o recebimento de sua mensagem.
A qualquer momento pode-se acompanhar o tratamento de sua manifestação, acessando o endereço eletrônico:
Consultar protocolo
Para sua segurança, solicitamos informar

1. Número do protocolo: 456408

terça-feira, 10 de maio de 2011

Utópicos sim, por favor

Utópicos sim, por favor
Fernando Vives

10 de maio de 2011 às 8:45h


O educador espanhol César Muñoz Jiménez defende maior participação das crianças nas decisões da escola e da vida familiar. Foto: Bruno Huberman
O senhor que entrou na sala da sede do Itaú Cultural vestindo uma camisa listrada, para -receber a equipe de Carta -Fundamental, tem ideias muito diferentes de educação em relação ao que estamos acostumados a ver e ouvir. Normalmente é chamado de utópico, mas para ele isso é um elogio. “Adoro ouvir isso, é apaixonante tentar uma educação diferente em um mundo baseado em mentiras”, afirma. O educador espanhol César Muñoz Jiménez, consultor internacional em infância e juventude e referência na União Europeia, esteve no Brasil para uma série de palestras e eventos do Itaú Cultural em abril. Sua especialidade, a educação integral, refere-se ao sentido amplo de integralidade, que esboça todas as frentes psicológicas do ser humano, e não simplesmente à aula que ocorre o dia todo. Nesta conversa, César Muñoz falou sobre sua teoria da Pedagogia do Cotidiano e das experiências que teve como consultor dos sistemas de ensino municipais de São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). E elogia muito a educação infantil de Porto Alegre (RS).

Carta Fundamental: Há várias definições sobre educação integral. Como o senhor compreende esse termo?
César Muñoz Jiménez: Em primeiro lugar, penso ser necessário separar os conceitos. Há a “educação” e há o “integral”. Entende-se por educação, na cultura dominante internacional, o “conduzir o outro”. E eu não estou de acordo com ele. Para mim, a educação tem de ser um sério jogo de sedução, amor e paixão. Dizer isso nesses termos é polêmico, mas sempre tive a clara ideia de provocar. A criança jamais vai gostar da aula se não se sente querida, seduzida. Se o ato de educar refere-se apenas a uma simples transmissão de conhecimento, sem haver sentimento, não quer dizer muita coisa. Este seria um primeiro conceito de educação.

CF: E quais seriam os outros?
CMJ: Há vários, que também não fazem muito sentido. Dizem, por exemplo, que educação é convencer o outro para que ele entenda o que se está dizendo. Há o espaço em que só há uma voz, o professor fala e os estudantes ouvem. Para mim, o fundamental para um educador é saber captar o murmúrio do aluno para entender o que se passa com ele. Os profissionais estão acostumados com o que impõe a cultura dominante, de que existem dois pilares para se educar: a palavra e a conduta.

CF: E o que seria a junção com o “integral”?
CMJ: Por educação integral entenda-se aquela que procura discorrer sobre todas as particularidades que os seres humanos possuem. Seria a educação em sua integralidade, cuidando do corpo, da mente, dos sentimentos, dos desejos. Fazer a criança se manifestar. Se basearmos nossa educação exclusivamente na palavra e na conduta da criança, deixamos muita coisa de lado, gerando deturpações. Professores classificam como estudante inteligente aquele que fala bem na aula e tem boa conduta. Mas, antes da linguagem, há expressões mais autênticas que permitem captar o murmúrio do corpo. É tarefa do professor conectar a linguagem ao sentimento, entender como as crianças pensam, como relacionam a vida delas à aula, como se comportam com um imprevisto – muito se conhece de uma pessoa através da maneira como ela se comporta em uma situação não planejada. Acontece que, ao se explorarem somente a palavra e a conduta, a criança cria artifícios para se adaptar àquilo, criando uma rede de mentiras, que, hoje, é o caminho para ser adulto em nossa sociedade.

CF: O que o senhor define exatamente como “rede de mentiras”?
CMJ: Funciona assim: um ser humano que não se sente compreendido tende a não dizer o que sente. Ele vai atuar como gostariam que ele atuasse, vai dizer o que o professor gostaria de ouvir, para não haver conflitos. Um ser humano criado sob esse prisma falso não pode ser bem educado, não vai poder chegar nunca a uma educação integral. Não estou esperando que uma criança invente a pólvora em sala de aula, claro, mas é possível explorar sua criatividade. Se uma criança que não costuma prestar atenção à aula, de repente, quando o professor aborda determinado assunto, se vira a ele e fica fascinada com aquilo, é sinal de que o professor deve trabalhar aquilo. Foi um sinal de que a paixão pode ser despertada, é uma mudança importante.



"Quando uma criança que nunca se manifesta de repente se encanta por um assunto abordado pelo professor, é sinal de que esse professor precisa investir naquele assunto com ela". Foto: Silvia Zamboni/Folhapress

CF: E onde entra o aspecto da bagagem cultural na educação?
CMJ: É um dos pontos que fazem parte de uma educação em sua integralidade. Dei cursos em uma escola de língua espanhola no Marrocos. A maioria dos professores era de origem espanhola, e a dos alunos, marroquina. Quando organizávamos atividades, essas eram baseadas na cultura espanhola/ocidental. Havia então um choque de culturas, não era produtivo para os estudantes. Portanto, os educadores que não se introduzem na cultura das pessoas com quem dialogam não podem ensinar corretamente. Na Catalunha, há a cultura de se falar catalão, mesmo os que chegam, e lá há muitos marroquinos. Imagine se um marroquino chega em Barcelona e diz: “Falar catalão não interessa à minha cultura”. Fica difícil se adaptar. É necessário entender como falam e como se comportam esses estudantes.

CF: Ou seja, não teremos uma pessoa completamente desenvolvida porque a escola hoje não desenvolve todas as particularidades do ser humano?
CMJ: Exatamente. São três os espaços reguladores da vida humana no mundo ocidental: as famílias, os espaços educativos e os partidos políticos. É claro que há exceções, mas, no geral, é uma rede de mentiras potentes. A primeira é a palavra “infância”, que vem do latim infans, que é “aquele que não fala”. Mas crianças pequenas podem falar coisas muito interessantes. Outra mentira: infância e adolescência são idades de transição. Todas as idades são de transição, pois estamos todos envelhecendo e mudando sempre. É uma soma de mentiras que continua na idade adulta. Nela somos pacientes, consumidores, usuários, nunca colaboradores, cidadãos. Então surge uma soma de não credibilidades: os adultos não creem na infância, as crianças não creem nos adultos. A grande reação disso é que os infanto-juvenis não creem neles mesmos, e que apenas estão na sala de espera para serem adultos. E os adultos estão na sala de espera da morte. Quando chegarem a adultos, vão também reproduzir esse sistema com seus filhos e seus estudantes. São os erros de uma civilização adultocêntrica.

CF: O que é exatamente a pedagogia do cotidiano?
CMJ: Esse termo refere-se ao fato de que a educação é muito relacionada com os pequenos elementos da vida cotidiana. Para a cultura dominante, o trivial não é importante. É como se a vida fosse feita só de momentos importantes, quando na realidade é o contrário. Por exemplo, não se pode viver a cada dia uma grande paixão. Seria insuportável. Tenho um sistema para saber se um educador é bom ou não: peço para ele me falar de uma criança qualquer para a qual ele dá aula. Se ele disser “esse é agressivo”, não está correto. O bom educador é o que diz “essa criança está feliz, mas está dissimulando, porque, no mundo, ri para dissimular a tristeza que está dentro dela”. Mais que a palavra, a pedagogia do cotidiano é a atitude e o sentimento que estão junto das pequenas coisas.

CF: E a partir disso, como seria a escola que tenta englobar tudo isso?
CMJ: Essa escola precisa de profissionais que saibam sentir, não só escrever e falar. Têm de fazer a soma de sentimentos, a começar pelo respeito pela infância, coisa que não terão se não acreditam que a infância tem, além de direitos e deveres, capacidade para criar. O professor também precisa ter um sentimento de docência, já que a aula está construída em função da criança. Quando a criança é respeitada, que tem alguém que entende seus sentimentos, ela se sente conectada a tudo aquilo. Quando participa, ela diz: “Isso é meu, faz parte da minha vida”. Isso, sim, vai fazer da educação dela uma atividade bem-sucedida.

CF: Existem exemplos desse tipo de educação integral que o senhor considera bem-sucedidos?
CMJ: Há conjuntos de escolas muito bem estruturadas na Espanha e na Itália. Nesta última, na pequena cidade de Reggio Emilia, perto de Milão, através do pedagogo Loris Malagutti. Na Espanha, existe um conjunto de escolas acima da média em toda a Catalunha, que foca na sensibilidade. A qualidade das escolas municipais de zero a 3 anos é muito boa.

CF: Essa visão da educação com a participação total da criança não parece um tanto utópica?
CMJ: A educação integral é, sim, uma grande utopia, e temos como entendê-la não como algo impossível, mas como um objetivo a ser alcançado. Dizem muito que sou utópico, e eu respondo: “Obrigado!” É apaixonante tentar uma educação nesses moldes em um mundo baseado em mentiras.

CF: O senhor já teve experiências de orçamento participativo no Brasil, nas prefeituras de Fortaleza e São Paulo. Como avaliar a educação nessas cidades?
CMJ: Fiz parte do projeto de orçamento participativo nessas capitais. Houve em Porto Alegre também, mas eu não estava lá. Eram projetos com ideais muito claros que entendiam não poder haver processo sério se não fosse acompanhado de muita formação e informação das pessoas e sensibilização dos adultos, políticos e professores. Isso é diferente do que acontece, por exemplo, na Europa. Quando lá me perguntam onde vejo capacidade para melhorar a educação de maneira participativa, sempre me refiro à América do Sul, não por lá. A informalidade brasileira ajuda a participar mais.

CF: Podemos dizer, então, que, apesar de tudo, o Brasil tem boas experiências educacionais a ser mostradas lá fora?
CMJ: Na Europa, comenta-se muito sobre a experiência educacional de Porto Alegre. Aquilo foi um exemplo no qual a cidadania é realmente potente. É uma cidade referência em participação da população na educação, sobretudo de zero a 3 anos. E a cidade também está marcada pela experiência do Fórum Social Mundial. Quando digo a amigos que vou ao Brasil, eles se empolgam e se lembram da experiência porto-alegrense.


http://www.cartacapital.com.br/carta-fundamental/utopicos-sim-por-favor

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Homeschooling

Acho importante divulgar a possibilidade dos pais educarem seus filhos em casa, ou em outro lugar que não as escolas oficiais (ensino formal).

Veja texto sobre o assunto no jornal Tesão nº 6, Matéria Não Creio Em Escolas, mas que elas existem, existem... (www.jornaltesao.blogspot.com)

Pra quem não sabe, no interior de Minas Gerais, em Timóteo, um casal está perdendo na Justiça por educar em casa melhor que nas escolas. O Estado quer piorar o aprendizado de dois adolescentes, forçando eles a voltarem para a escola. Usando leis e acusando-os de "abandono intelectual", absurdos dos absurdos...

E isso a mídia que quer sangue, pouco divulga...

Vejamo boa matéria sobre o incidente carioca em
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/ana-flavia-ramos-nenhuma-escola-e-uma-ilha.html

relato do parto de Rudá...

Vejam o belo relato de uma mãe que acaba de parir...

http://ruda-ie.blogspot.com/2011/04/relato-do-parto-da-nana-de-castro.html

sábado, 2 de abril de 2011

em BH, sábado - 7 de maio de 2011

FLYER NOVO
Em BH, 7 de maio, ás 15h exibição do documentário THE HAPPIEST BABY ON THE BLOCK, por DR. HARVEY KARP, seguido de debate





FLYER ANTIGO


Em BH, 7 de maio, ás 15h exibição do documentário THE HAPPIEST BABY ON THE BLOCK, por DR. HARVEY KARP, seguido de debate

quarta-feira, 9 de março de 2011

primeira reunião de São Paulo

domingo/ 20 de março de 2011

Lançamento da AmaR&BrincaR 0.12
e Bate-Papo Crianças do Futuro
15h - 17h
Entrada Franca


Workshop de Somaiê
18h - 21h
Taxa de 15 reais
Na compra da Revista, workshop é gratuito.

Local: CLÍNICA DO FRANCISCO
R. Arapiraca 360 Vila Madalena SP/SP

2º quase encontro em V. de Mauá






Mauá é difícil mesmo, mesmo crianças que tem em todo lugar, e a todos interessam, PEDAGOGIA RADICAL é mais difícil, propor as pessoas a assumirem a educação é uma proposta muito radical, o mais cômodo é deixar na mão das escolas e professores...
Não aconteceu a 2ª reunião de Mauá, nem os responsáveis pelo espaço vieram na reunião...
Bem, vivendo e aprendendo, reuniões agora somente no BAMBU, e vamos achar uma data fixa para que os interessados se aproximem...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Manifesto do Parto Ativo

1-Todos os partos que acontecem com liberdade são acompanhados de uma importante movimentação da mulher: ela caminha, fica em pé, de cócoras, de joelhos, deitada, e se movimenta livremente para encontrar as posições mais apropriadas e confortáveis. Não existe a melhor posição para um parto natural quando a gestante segue seus próprios instintos, pois o parto sendo ativo implica uma sucessão de várias posições, e não um estado passivo de imobilidade como é habitual.
2-As estatísticas revelam que, nos dias de hoje, em todas as partes do mundo, a maioria das mulheres tem seus filhos em alguma posição vertical ou agachada, geralmente com outra pessoa segurando-a. Não importa a raça ou a tribo: africanas, americanas, asiáticas, e assim por diante, em todas predominam sempre as posições verticais. As mulheres primitivas são espontâneas e naturais. Historiadores confirmam totalmente a evidência dos etnologistas, que afirmam que as posições verticais sempre prevaleceram desde as mais remotas épocas.
3-A maioria das mulheres ocidentais é confinada em hospitais na posição recumbente. Essa prática é desnecessárias e ilógica. Em decorrência dessa venda nos olhos, o parto nos hospitais modernos se torna cada vez mais caro e complicado, transformando um processo totalmente natural em um ato médico, uma parturiente em uma paciente. Nenhuma outra espécie adota essa posição desvantajosa em um momento tão crucial.
4-Estudos revelam desvantagens no uso da posição recumbente no momento do parto:
- A única posição que determina a compressão dos grandes vasos abdominais contra a coluna vertical é o decúbito dorsal (de costas); a compressão da grande artéria do coração (aorta descendente) pode levar ao sofrimento fetal por impedir o sangue de chegar à placenta e ao útero. A compressão da grande veia que traz o sangue de volta ao coração (cava inferior) bloqueia o retorno venoso e contribui para a hipotensão e outros problemas circulatórios.
- A posição recumbente não tira nenhum proveito da mobilidade da musculatura pélvica. Ignora a vantagem da flexão dos joelhos e da articulação coxofemoral, ou seja, o ângulo agudo que se forma quando o joelho se aproxima da caixa toráxica (de cócoras) e que abre a pelve, sendo a posição onde os diâmetros da pelve alcançam sua abertura máxima. Na posição horizontal o peso do corpo repousando sobre o sacro acaba limitando-o ao máximo, perdendo aproximadamente 30% da mobilidade possível, comparando-se com a posição de cócoras.
- Ficar deitada de costas sem nenhuma flexão do tronco implica que a disposição do útero desafie a força da gravidade. É claramente mais fácil para qualquer objeto cair em direção à Terra do que deslizar em uma superfície paralela à mesma (Lei da Gravidade de Newton). É mais vantajoso fazer um bebê nascer descendo em direção à Terra do que empurrá-lo na linha horizontal, o que desperdiça energia e esforços, originando uma dor desnecessária e aumentando a duração do trabalho de parto.
- Na posição deitada, o parto acontece com uma distensão desigual do tecido perineal às custas da porção posterior, o que determina um aumento do risco de rotura perineal e de uma episiotomia, e certamente aumenta o sofrimento e a dor.
5-As mudanças de posição são mais importantes que ficar em uma única, considerada melhor, posição durante o trabalho de parto. Entretanto, a posição de cócoras é a que mais se aproxima das leis da natureza e é conhecida como a posição fisiológica. Uma posição de parto é fisiologicamente eficiente:
- quando não há compressão dos vasos abdominais;
- quando a pelve tem total possibilidade de movimento; e
- quando o corpo trabalha de acordo com a lei da gravidade.
A posição de cócoras sustentada é especialmente eficaz nos momentos finais do parto.
Essa posição determina:
- o aumento máximo da pressão intrapélvica;
- um mínimo esforço muscular;
- um relaxamento ótimo do períneo; e
- ótima oxigenação fetal.
Na posição de cócoras a entrada da cabeça do bebê, ou da parte que se apresenta, dentro da pelve materna é mais fácil, há uma facilitação da pressão que a cabeça exerce sobre o colo uterino e a descida dentro do canal pélvico é mais tranqüila devido ao estreito superior ter sua abertura direcionada para frente e o estreito inferior, para baixo.
6-Acreditamos, conforme sugestão de inúmeros estudos nos últimos 50 anos, que quando o parto é ativo temos as seguintes vantagens:
- não há quebra do ritmo natural e da continuidade do parto;
- as contrações uterinas são mais fortes, regulares e mais freqüentes;
- a dilatação, ou abertura, da cérvix (colo do útero) é mais fácil;
- é possível um relaxamento mais completo entre as contrações, pois a pressão intrauterina é significativamente mais elevada; e
- os períodos de dilatação e de expulsão são mais curtos.
Alguns estudos comparativos revelam ser 40% menor o tempo do grupo que permanecia na vertical:
- o conforto da mãe é maior, e a dor e o estresse são menores;
- portanto, a necessidade de analgesia é menor;
- melhores condições dos recém-nascidos; e
- as mulheres que dão à luz se sentem mais participantes no controle dos seus partos e com maior freqüência vivenciam o parto como uma experiência maravilhosa e gratificante.
7-Depois de um Parto Ativo a mãe sente que ela deu à luz em vez de sentir que o bebê foi extraído dela. Mãe e filho sentem-se totalmente participantes e ambos alertas, saudáveis e sem nenhum medicamento quando se encontram face a face. Isso inevitavelmente resulta em um ótimo estabelecimento da relação mãe – filho.
8-Assim como uma celebração familiar, o parto de uma criança é um acontecimento crucial e incerto, envolvendo um suspense quanto ao que vai acontecer. A capacidade de dar à luz e de quem faz o parto é valorizada em todas as sociedades. Acreditamos que no mundo moderno ocidental a habilidade de quem faz o parto por meio da tecnologia sobrepujou totalmente a habilidade de parir das mulheres, de modo que muitas mulheres perderam a “manha” de dar à luz.
O parto, na vida de qualquer mulher, é um acontecimento excepcional, como um “cabo de guerra”: de um lado, instinto; do outro, habilidade. Existe um jeito para fazer a maioria das coisas e o parto não é uma exceção. Acreditamos que esse equilíbrio entre habilidade e força deve ser recuperado, aumentando-se a habilidade e a força de quem dá à luz – a mãe.
9 – Baseando-se nos resultados das pesquisas, em diversos estudos atualizados e no instinto ancestral é possível prever que certas mudanças relacionadas ao trabalho de parto e às posições de parto são inevitáveis na condução do parto e na preparação das gestantes. A futura mamãe precisa não somente de conhecimento sobre gravidez e parto, sobre crescimento e desenvolvimento dos bebês, mas também de preparação física adequada. Precisa conhecer o que acontece com o corpo quando se explora as várias posições verticais e a se acostumar com a tranqüilidade e o conforto que elas proporcionam para ficar capaz de, ativa e eficientemente, ajudar-se quando for dar à luz o seu filho. Pode também tirar grande proveito do treinamento de aprender a aquietar a mente, a ir mais fundo no contato com seu eu interior e como potencial profundo instintivo de dar à luz.
10 – Finalmente, não há dúvidas, para todas as mulheres que tiveram um Parto Ativo ou para quem assistiu muitos partos ativos e passivos, de que o Parto Ativo é mais fácil, mais seguro e mais recompensador tanto para a mãe como para o bebê. O modo como uma criança vem ao mundo influencia sua vida e qualquer melhora na experiência do parto contribui para um mundo melhor. Geralmente entendemos um parto natural como aquele onde não se usa drogas ou medicamentos; assim sendo, um Parto Ativo, no sentido pleno do termo, é um verdadeiro parto natural.
retirado do Livro PARTO ATIVO, um guia prático para o parto natural
de Janet Balaskas

Páginas 302 a 305

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

vídeos da primeira reunião em 10/01/11 no BAMBU



Crianças do Futuro - reunião em 10/01/11 na Maromba/Itatiaia/RJ (1 de 3)




Crias do Futuro (2 de 3)




Carmem Flores C. canta na reunião CRIAS DO FUTURO (3 de 3)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Nova Mãe e a Nova Criança

texto publicado na revista AmaE&Brincar número zero doze (janeiro 2011)
www.amarebrincar.blogspot.com

A NOVA MÃE E A NOVA CRIANÇA

Conferência apresentada pelo Dr. Gaiarsa no Encontro Mundial da Organização
do Instituto para o Desenvolvimento do Potencial Humano, realizada
em Filadélfia (EE.UU.) no mês de maio de 2.009.

Senhoras e Senhores – ou antes: meus amigos e aliados em nosso amor pela criança, e em nossa esperança de contribuir para a formação da uma Nova Humanidade.
Porque no Prefácio do livro“Biografia da Terra” (National Geographical Ed.) se lê: “É o Planeta que necessita de nós para que o salvemos – ou é ao contrário?”

“Quem pode ter nascido em Nazaré?” – perguntavam os orgulhosos Fariseus referindo-se a Jesus Cristo.
A Educação tão nova proposta pelos Institutos nasceu do vosso amor pelas crianças com lesões cerebrais!
De vossa compaixão.
Pelas crianças e suas mães.
Sentistes em vos mesmos as terríveis limitações de corpo e mente das infelizes crianças, o que vos levou a reconsiderar quase tudo o que se pensava na época sobre o Cérebro e sobre a Educação.
Ano após ano de dedicação integral a essas crianças vos levaram à chave da Educação: Educação do Cérebro!
Estimulastes amorosa e persistentemente os seus débeis sentidos. Percebestes e estimulastes seus limitados movimentos, tão logo e tão sistematicamente quanto possível.
Depois disso pode-se ensinar à criança tudo o que nos aprouver e ela aprenderá – com toda a facilidade e com entusiasmo e com alegria.
Descobristes que o cérebro – se adequadamente estimulado - pode ser modelado e pode desenvolver-se até onde jamais se imaginou.
Que o cérebro pode ser...Educado- e não só no Lar e na Escola.
Mas, acima de tudo e certamente não apenas com palavras.
E quanto mais cedo melhor. Três a quatro anos de Idade e o Cérebro já alcançou 90% do volume que terá no adulto, auxiliado por um suprimento de sangue três vezes maior do que o...nosso!
E era tão óbvio! O neo-nato humano é uma grande cabeça (22% do seu peso corporal) de um pequeno corpo, e desde sempre se sabia ou suspeitava de que a Inteligência tem muito a ver com a...cabeça! Como pôde o recém-nascido ser considerado um débil mental que somente muito mais tarde seria capaz de compreender a...sabedoria dos adultos?
Nada disto constava nos 4 ou 5 Tratados de Neurologia conhecidos por mim, em qualquer estudo de Pedagogia (nem nos atuais) e menos ainda no campo da Psicologia (o que me é mais familiar).
Descobristes todas estas coisas e as aplicastes na Educação, contra tudo o que se pensava sobre ela, na família, na escolar, na sociedade.
Na época – digamos, metade do Século XX – a educação, enquanto formação do Caráter e da Personalidade acontecia na Família – e na Religião. Educação verbal e cultural na Escola, a começar aos 5 ou 6 anos de idade (!).
Mas crianças com lesões cerebrais vos levaram para um campo pouco falado em Educação: a educação dos movimentos (Nada a ver com “Educação Física”).
Esta – a propósito - a razão principal do meu amor aos Institutos e à Educação que propõem.
Nada é mais constrangedor do que ver paralisias motoras – seja qual for a causa, a limitação ou a região do corpo.
Considerando o efeito quase mágico da estimulação de músculos (alguém movendo-os no pouco de movimento que ainda restava), em crianças paralíticas, fostes obrigados a reconsiderar – ou a re-valorizar – o que já se sabia mas mal se usava: dois terços do cérebro servem apenas para produzir e organizar nossos movimentos.
Permitam-me repetir: dois terços do cérebro estão ligados a movimentos – em grande parte dirigidos pela visão - sempre que movemos coisas ou nos movemos no mundo.
Como todos os seres vivos são feitos praticamente das mesmas substâncias, desde o começo a Natureza criou a reciclagem: seres vivos vivem de seres vivos. A vida vive da Morte...
A vantagem do movimento para os seres vivos torna-se – assim – mais do que obvia: procurar e encontrar o de que precisam, fugir de predadores e alcançar a presa, afastar-se de ambientes hostis, cuidar e proteger os descendentes, encontrar e lutar para conseguir parceira sexual.
Em suma, o movimento é essencial na “luta pela vida” e na “sobrevivência do mais apto”. É o principal fator da continuação da espécie.
Por vezes os movimentos – muitas vezes complexos (digamos, “luta-ou-fuga”) - precisam ser muito rápidos, o que exclui a participação consciente na escolha ou na decisão.
Então e por isso a motricidade ocupa dois terços do cérebro e como movimentos complexos e rápidos são essenciais para a sobrevivência, nosso Sistema Motor trabalha – digamos – 95% em automático, inconscientemente.
O mesmo com nossos olhos. Claro que vemos o tempo todo, mas para buscar a presa ou fugir do predador, para colher, fazer ferramentas e mais, a visão é essencial.
Por isso nas seqüências modelares do desenvolvimento motor proposto pelos Institutos, são dadas muitas técnicas que favoreçem a convergência ocular – condição para todas as ações conscientes e fundamento da capacidade de “prestar atenção” – “manter o foco”.
Todos estes fatos fundamentais estão fora do campo usual da Educação porque as pessoas – mesmo os profissionais da área – não se dão conta deste complexo mundo da visão-e-movimento.
Estavam fora da consciência social porque a sua importância para a formação da Personalidade era de todo desconhecida.
E ainda é.

Inclusive – ou principalmente! – para a formação da aristocrática Inteligência,
que emerge da relação necessária do movimento/visão – a “carne!” – com o pensamento abstrato a as teorias Cientificas.
Considere a Física – tida como a Rainha das Ciências. A Física não existiria se não tivéssemos músculos - se nosso corpo não dispusesse de um número praticamente infinito de movimentos e se não pudéssemos ter consciência desses movimentos.
A noção de “Força” é fundamental para compreender o movimento do que quer que seja no Universo. Sem músculos jamais compreenderíamos o conceito ou a definição do que seria uma força. Somente após contrairmos e sentirmos efetivamente a força de nossos músculos, e o movimento ou tensão assim produzidas, nos será dado compreender realmente a idéia de força – e a de movimento.
Então - e só então – poderemos pensar em força, abstrair, aplicar e generalizar a noção, a idéia ou o conceito de força – e de movimento.
Imagine se Newton conceberia a noção de gravidade se ele não tivesse a vida toda lutado contra ela a fim de permanecer de pé contra esse eterno puxão “para baixo” – para o centro do Globo Terrestra!
Estes fatos mostram mais uma vez o quanto e quão profundamente somos inconscientes de nosso corpo e de nossos movimentos.
Se estas reflexões são verdadeiras - retornando aos Institutos – desenvolver e organizar movimentos desde o começo, tem muito a ver com a real compreensão do que sejam nossas forças e nossos movimentos - os reais e os intelectuais.
E com a compreensão do Universo.

Agora deter-me-ei naquilo que considero minha melhor contribuição aos Institutos. Procurarei mostrar que a educação motora proposta por eles podem ser o começo da revolução mais radical – e pacífica – jamais acontecida em nossa Historia.
Pela primeira vez hoje uma geração de adultos, ao em vez de seguir o instituído tenta criar uma nova espécie de ser humano. Pondo-se totalmente a serviço da criança descobriram que o esforço era altamente compensador.
Qualquer criança pode se tornar um gênio se receber o que precisa e merece: respeito, plena atenção, conhecimento – e amor.
O respeito talvez seja o mais importante.
Porque todos dizem lindas palavras sobre elas, mas estou convencido de que, no mundo todo, crianças são seriamente mal compreendidas e mal tratadas – e não me refiro apenas aos maus tratos e brutalidades ostensivas, surras, castigos, repreensões iradas.
A historia da “Matança dos Inocentes”, ordenada por Herodes, é para mim a mais perturbadora página da Bíblia, e um espantoso símbolo universal do que se tem feito com as crianças ao longo de toda a nossa Historia – até hoje.
Retornando: considerando que a visão-movimento constitui tanto da massa cerebral é essencial para meus argumentos, passo a rever muitos dados estabelecidos sobre a motricidade, dados que dificilmente serão encontrados reunidos – como aqui.
Ilustrações sobre nossos músculos em Tratados de Anatomia, tanto quanto se diz sobre eles nos esportes, os apresentam como se a unidade de força de nosso corpo fossem aquilo que se vê nos Fisiculturistas: pesadas massas de carne. Se isso fosse verdade, então nos moveríamos como bonecos – ou como Michael Jackson...
O fato é que não temos os 500 músculos descritos nos Tratados de Anatomia.
O que temos são 250.000 (duzentas e cinqüenta mil) Unidades Motoras. Isto significa que nossos movimentos e posições dependem – ou são produzidos –
por esse número de mini-músculos, mini-forças ou mini-vetores.
Essa é a verdadeira Unidade de Força de nossos Sistema Motor: um neurônio “final” cujo axônio termina em um grupo de fibras musculares cuja contração – ou relaxamento - ele e só ele determina. É o único executor de ordens “superiores”.
Algumas U.M. têm apenas 10 a 15 fibras musculares - nos músculos envolvidos em movimentos leves e precisos como nos que controlam os movimentos dos olhos – ou da laringe (voz); outras podem ter centenas até alguns milhares de fibras musculares, como nos grande músculos que atuam nas raízes dos membros, mais estáticos, de suporte.
Com os poucos dados à minha disposição posso dizer que cada U.M. pode exercer força de alguns centigramas até forças de centenas de gramas, de acordo com o número de fibras motoras controladas pelos neurônios motores, e, depois, pelo número de excitações por segundo que esse neurônio é capaz de gerar.
Esse número vai de 0 (zero – repouso) até 1.000 por segundo.
Enfim, a velocidade de condução nestas fibras nervosas é a mais alta do Sistema Nervoso: até 120 metros por segundo.
Depois de considera estes dados – e somente depois de considerá-los – podemos compreender como é possível tocar piano, como os dedos conseguem atingir tal grau de velocidade e precisão na seqüência de movimentos, suavidade ou força na percussão da cada dedo em cada fração de segundo. Ou o fino controle e sincronismo de dedos e braços na execução do celo ou do violino. Ou o controle respiratório exigido pelos instrumentos de sopro. Ou o sincronismo preciso entre o controle de respiração e os complexos movimentos da fonação nos cantores Líricos. (Notar: estes mostram como que ampliados os que fazemos todos ao falar – ou para falar).
Além de tudo o que está aí, algo mais – e muito importante: com técnicas assaz simples de bio-feedback muscular – pode-se mostra que qualquer pessoa, depois de poucas tentativas, consegue controlar voluntariamente a ação de uma só Unidade Motora. Controlar, inclusive a intensidade da contração. Isso quer dizer que é possível controlar voluntariamente a atividade de um só neurônio!
Seria injusto falar de Motricidade esquecendo o Cerebelo. Seu córtex é mais extenso do que o córtex cerebral, como também é maior o número de seus neurônios. E o mais estranho é que sua saída (sua ação sobre a motricidade) – é exclusivamente inibidora (células de Purkinje. Cada uma destas células recebe mensagens de 200.00 outros neurônios!)
“Devagar!” ou “Vá com cuidado!” seria a mensagem do cerebelo: nosso Anjo da Guarda.
Ele é o principal órgão responsável pela difícil função de impedir nossa queda, seja qual for nossa posição ou o movimento que estivermos fazendo.
Equilíbrio! Essa palavra preciosa não teria sentido se não tivéssemos cerebelo.
“Equilíbrio dos opostos” – tema central da Filosofia!
Lembro neste contexto os tantos exercícios ousados e vertiginosos propostos pelos Institutos para serem feitos com as crianças – em várias etapas – a fim de cultivar esta habilidade.
Pessoas ingênuas os considerariam arriscados demais, perigosos - e jamais compreenderiam sua necessidade.
Mas qualquer estudo relativo à motricidade seria gravemente deficiente se não considerasse com vagar nosso sexto sentido - continuamente esquecido: a propriocepção.
É o sentido que nos permite sentir ou perceber, a qualquer momento e em todos os momentos, a posição em que estamos e os movimentos que estivermos fazendo.
As pessoas e mesmo textos escolares o ignoram. Podemos pensar nele como uma vestimenta total de borracha bem justa – só que ela está “por dentro”...
Sabe-se que tendões, ligamentos articulares, músculos e lâminas conjuntivas estão repletas de micro-dinamômetros que informam o cérebro o tempo todo do grau de tensão – constante ou variável - da região onde estão situados.
Este sexto sentido é geralmente ignorado (reprimido?) tanto quanto e pelo mesmo motivo pelo qual somos inconscientes de nossas forças, tensões e dos movimentos que fazemos.
Para nós, “relaxar” significa fazer nada e sentir nada.
Continuamente levados pela necessidade de fazer, de agir, de controlar, mal percebemos os muitos movimentos necessários para a realização de tudo o que estamos fazendo.
Por isso, dizer que nós podemos sentir o relaxamento soa estranho para quase todos.
Boa imagem para compreender a sensação de relaxamento nos é dada pelas grandes aves planadoras. Elas voam sentindo nos músculos peitorais as variações das próprias “quedas” em função da sustentação variável do ar.
Voam controlando o relaxamento!
Por isso talvez sejam tão inspiradoras: voam sem esforço – Anjos!
Acredito que parte importante da inconsciência do hemisfério direito do cérebro tenha essa origem: inconsciência dos movimentos, de sua força e de seu relaxamento.
A Inconsciência coletiva pode atuar sobre o cérebro tanto quanto lesões cerebrais.
Se ninguém diz que existe, então não existe.
Retornado às ações, um comentário melancólico: quanto usamos, cada um de nós, dessa riqueza de movimentos?
Considerando o incrível número de mini-forças que movem a exótica estrutura mecânica de nosso esqueleto (200 ossos!), podemos dizer que nossas possibilidades de movimento são infinitas.
A Mitologia Hindu reconheceu esse fato. Uma bem conhecida Deidade de seu Panteon, Shiva, ligada a sua consorte Shakti, dança eternamente a criação e a aniquilação de todos os mundos.
Cada atitude permite supor um mundo e mudar de atitude representa mudança de mundo...
Assaz estranhamente, Shiva dança sobre um só pé que se apóia em um elefante!
A figura (estatueta) talvez queira se referir ao equilíbrio perfeito – igual estabilidade do elefente
Recordo mais uma vez os exercícios vertiginosos propostos pelos institutos...
Complementando Shiva, temos as muitas e exóticas posições forçadas das várias escolas de Ioga. Talvez se destinem a levar as pessoas a experimentar
extremos de posições e de movimentos, a fim de que as pessoas os percebam e usem para se mover com mais liberdade e versatilidade no cotidiano. Bem poucas pessoas gozam desta liberdade.
Talvez por isso os problemas com articulações sejam tão freqüentes entre nós – artrites, artroses, reumatismos, problemas com a coluna vertebral.
Certamente resultam da limitação de movimentos, sempre os mesmos e mal organizados.
Uma lista sintética dos mil movimentos que podemos realizar: todas as danças, todos os esportes, todas as artes circenses, todas as lutas.
Em especial: podemos imitar os movimentos de grande número de animais – o que eles jamais farão.
Talvez por isso esperamos compreender tudo, porque tudo é forma, força e movimento...
Apos esta revisão das aptidões do cérebro motor e visual, estamos em posição de compreender o que me parece ser a Tragédia da Humanidade, tragédia que o tipo de educação desenvolvido pelos Institutos pode evitar, criando pessoas genuinamente livres, autônomas e bem individualizadas.
(Não confundir pessoas “bem individualizadas” com pessoas individualistas).
Ao longo dos dois terços de minha vida – como terapeuta e como pessoa do mundo – fui me impressionado – e ficando triste – com dois fatos gerais: as pessoas são muito infelizes e a Humanidade é sempre a mesma – e péssima: guerras, guerras, guerras, Poder, Poder, Poder, opressão, desigualdade, exploração, orgulho e preconceitos.
Porque tal forma de viver social tão péssima continua a mesma – desde o começo (há 10.000 anos Assíria, Babilônia...até Hitler, Stalin)...
Criticas e soluções ideais – ou racionais – foram propostas, muitas, com efeitos bem limitados.
revoluções, todas tão sanguinárias, foram sucedidas por outras tiranias tão parecidas com aquelas que pretendiam destruir?
A razão é bem clara, mas pouco condizente com o que se diz da Família, da Normalidade e de Nossos Sagrados Valores Tradicionais. Por isso coletivamente rerprimida.
Os adultos continuam a crer que são “adultos” e “normais” enquanto as crianças são uma coisinha fofa que não sabe nada, de todo dependentes e que precisam ser “Educadas” para se tornarem tão normais como nós acreditamos ser.
A Historia se repete porque o cérebro tem o comando de todos os movimentos, geralmente guiado pelos olhos. O cérebro foi feito para imitar, para fazer como ele vê ao seu redor, para adaptar-se ao ambiente.
Porque seria? Porque a natureza não discute qualidade. Se as pessoas em torno da criança estão vivas, fazer como eles fazem é bom – é viver. Para a Natureza, um verme é tão bom quanto uma borboleta – desde que sobrevivam.
E esta imitação é o principal de tudo o que acontece nos 5 primeiros anos de vida, e poucos se dão conta de que é nesse período que acontece é 90% da “educação”.
É o limite da cegueira social.
Levados e limitados pelas palavras, as pessoas acreditam que a criança fará conforme o que eles lhes dizem, como ordenam – ou punem.
E quando a criança começa a se mexer com certa liberdade, os adultos próximos ficam preocupados.
E assim as crianças fazem como vêm as pessoas fazendo ao seu redor. E assim elas se tornam “normais” (por imitação) quaisquer que sejam as palavras, os conselhos e os sermões que lhes são feitos.
E assim e por isso a Humanidade continua parecida – há 10 mil anos.
Uma vez “formadas” pelas imitações inconsciente (visuo-motoras) até os fatais 4 ou 5 anos de idade – será difícil demais mudar seus hábitos, sua personalidade, porque eles dependem 90% de complexas estruturas motoras
(atitudes, posturas, comportamento, comunicação não-verbal).
A propósito: O “Comportamento” é uma soma muito complicada de movimentos, posições, gestos, faces e palavras, mas todos esses elementos essencialmente motores do...comportamento, são omitidos e substituídos pela palavra mágica:comportamento.
Comportamento se torna...uma palavra!
Permitam-me repetir: nosso Sistema Motor – nossos movimentos – são muitos, muito complexos, tão finamente entrelaçados e automáticos que, uma vez estabelecidos, torna-se por demais difícil mudá-los.
Aos 5, 6 ou 7 anos de idade torna-se claramente visível que a criança – tão viva até então – está começando a se tornar um “adulto”. Perde a graça, a espontaneidade e a liberdade de movimentos, perde a curiosidade, perde sua disposição de fazer experiências, perde seu riso e sua alegria fácil.
Começa a se tornar um pequeno adulto: um garoto bem comportado.
Por isso me apaixonei pelos Institutos.
Acredito – é minha Fé – que se “educarmos” com cuidado, continuamente, sistematicamente e desde o começo o aparelho locomotor, desenvolver-se-á, na criança uma personalidade tão bem constituída que sua tendência a imitar os próximos não terá sentido.
Ele será ele mesmo em um sentido bem concreto. Na bela expressão hindu, um “Swami” – “Senhor de Si Mesmo”.
A razão profunda desta esperança é clara: nenhuma imitação – seja lá de quem for - será mais eficiente para mim do que as atitudes corporais cultivadas em meu corpo (em meu cérebro) tão cuidadosamente, passo a passo, ao longo dos críticos 5 primeiros anos de vida. Nenhuma imitação poderá ser tão eficiente como a minha maneira própria de me mover e de parar de pé.
É a verdadeira maneira de cultivar a individualidade. Cada um tem sua maneira de se mover.
È a hora de chamar vossa atenção para um fato obvio e muito estranho que prece ter passado desapercebido de todos
(É outra versão do Drama já considerado).
Com tantas possibilidades de movimento, o fato é que as pessoas move-se bem pouco e quase sempre dos mesmos modos. Com algum exagero: movem-se como bonecos...
De acordo com os dados citados, eu diria que as pessoas dificilmente usam mais do que 10% de sua capacidade e liberdade de movimentos.
E – pior ainda – parece que a Educação de modo gradual, mas implacável, consiste em limitar gradualmente a liberdade de movimentos da criança até levá-la a ser a criança “bem comportada”.
O boneco!
Após estes reparos sobre o óbvio, qual será o sentido das sagradas palavras Liberdade? Independência? “Sei o que eu quero”?
Na corte chinesa tradicional, qualquer movimento descuidado tornava-se suspeito. A uniformidade do ritual era a garantia da segurança.
Será que entre nós é muito diferente?
Dizendo de outro modo: com esse enrijecimento de corpo e restrição de movimentos – o que será que estamos segurando – ou impedindo?
A resposta é assaz clara. Freud nos falou de repressões – mas não falava do corpo. Mas Reich (Wihelm) mostrou clinicamente que “reprimimos” ou contemos nossos desejos proibido, nossa raiva proibida ou até nossos amores proibidos, nos segurando como se outra pessoas estivesse nos segurando, nos impedindo de fazer o que pretendíamos.
O que é verdade, porque a mais sombria intuição que tive em minha vida dizia assim: todos vigiam a todos para que ninguém faça o que todos gostariam de fazer...

Vamos relaxar, respirar e mudar de posição.
Agora o tema é outro: respiração, o mais fundamental e contínuo movimento de todos nós.
A respiração é muito mais do que a capacidade aeróbica.
Ela está fundamente ligada à ansiedade – ou angústia – ou medo, a penosa emoção que todos conhecem. A sensação de que estou sempre atrasado...
È muito estranha, na verdade, a enorme diferença de valorização da Respiração np Ocidente e no Oriente.
Entre nós, ela é considerada uma simples função vegetativa como – digamos – a digestão. Mesmo Tratados de Fisiologia deixam de esclarecer três pontos fundamentais em relação à respiração: que ela é realizada pó músculos estriados, é a única função vegetativa que pode ser controlada voluntariamente e, se não fosse assim, não conseguiríamos falar.
Mestres Hindus, no outro lado do Mundo, usando intuição e variadas experiências pessoais, consideram a respiração como a chave para alcançar altos níveis de consciência corporal e instrumental para conseguir desenvolvimentos pessoais de alto nível.
Isso acontece porque controlar a respiração é um meio bastante eficiente de alterar o nível e oxigenação cerebral.
O cérebro consome – dia e noite – 20% d todo o oxigênio inalado, e se alterarmos o volume ou a freqüência respiratória, podemos alterar o nível de oxigenação cerebral.
E esta foi a intuição básica dos mestres Orientais (embora esta não fosse a explicação que deram dos fatos).
O córtex cerebral mal tolera 5 segundo de anóxia (ausência de oxigênio)e acredito que o cerebelo não tolere muito mais tempo, dada a sua complexidade estrutural já comentada.
Baseado em estudos do que acontece quando a cabine de um avião é despressurizada, podemos estabelecer a escala de falência crescente de freegiões cerebrais quando a taxa de oxigênio vai caindo. Quase imediato é o fechamento do campo visual até o black-out (córtex visual). Perturba-se logo a compreensão das palavras ouvidas e a dificuldade de falar coerentemente (córtex verbal). Em seguida vão se tornado difíceis movimentos precisos com as mãos (córtex motor) e se a anóxia continuar a pessoa perde a consciência - e se s estiver de pé, cairá...
Tudo isso pode acontecer em um intervalo que não vai alem de 30 segundos – dependendo da rapidez com que se estabelece a anóxia.
Insistindo: o cérebro é extremamente sensível à falta de oxigênio, mas as estruturas nervosas superiores e mais recentes se ressentem mais do que as filogenéticamente mais antigas, mais simples e de funções mais genéricas.
De qualquer modo, é razoável admitir que todas as estruturas nervosas se ressentem da falta de oxigênio – e em prazos bem curtos.
Minha intenção ao abordar o tema da respiração é sua conexão obvia com a ansiedade (medo inconsciente).
A ansiedade consiste em estar prevenido ou em estar preparado sem contexto exterior evidente.
Quando as pessoas estão preocupadas, atrasadas, impacientes, indignadas, com raiva ou com medo, o corpo se arma automaticamente (“Luta–ou- Fuga”) - prepara-se para agir. Esse “armar-se” consiste em uma hipertonia muscular difusa – inclusive do tronco, é claro. Como os pulmões estão “dentro” do tórax e precisam de sua mobilidade para se expandir (para respirar), as tensões musculares do tronco tornam a respiração difícil, limitada ou de todo impedida.
Dependendo do grau de tensão do tronco e de sua duração, a respiração pode se tornar seriamente insuficiente e – suponho – o cérebro reage à limitação de oxigênio disparando alarmes – que pioram a prevenção – o medo.
As coisa se passam como se a pessoa estivesse sendo lentamente estrangulada – mas por mãos invisíveis!
Deste modo, a situação externa se torna ameaça interna, e a ansiedade se prolonga ou intensifica cada vez mais, em resposta a um sinal persistente que vem do cérebro: alguma coisa está ameaçando a vida e assim! Então e por isso o corpo intensifica sua preparação, restringindo cada vez mais a respiração – em circulo vicioso.
Quando intensa, esta ansiedade – sensação de desastre iminente, de ameaça séria, de medo de morrer é verdadeira!
O perigo, agora real - é a falta de oxigênio para o cérebro.
“O piloto está quase desmaiando” seria a descrição do que a pessoa está sentindo.
A falta de oxigênio para as estruturas nervosas torna difícil a organização de qualquer resposta coerente, ordenada.
O pior de tudo é que as pessoas mal se dão conta da restrição respiratória e se lançam em uma busca frenética de “causas” daquilo que estão sentindo, causas internas ou externas, atuais ou históricas, conscientes ou inconscientes.
É preciso acentuar que as pessoas – em geral – têm uma consciência e um controle voluntário bem limitados dos seus movimentos respiratórios.
Alem disso, a ansiedade é uma emoção tão ameaçadora e absorvente, que bem poucos acreditarão esteja a raiz de seu medo, ou impaciência, na limitação dos movimentos respiratórios .
Em princípio – fácil de corrigir!
Não estou negando a existência de fatores externos ou históricos no desatar de ansiedade. Porem uma vez iniciada - no momento em que a pessoas “se prepara” frente à situação ameaçadora, externa ou interna, real o imaginária; neste momento seu corpo se tenciona e a respiração vai se restringindo – desatando o processo de auto-manutenção.
Se o estado se prolonga ou se intensifica, a ansiedade se torna pânico. Isto é, a hipoxia cerebral é de tal ordem que qualquer ação organizada se torna impossível.
Relembrado: dois terços do cérebro são motricidade! Portanto, o maior consumo de oxigênio se deve aos núcleos motores e sua asfixia desorganiza completamente qualquer reação ordenada.
Repito: esta não é a explicação ortodoxa da Psiquiatria nem da Psicologia, mas lembro ao mesmo tempo que ambas se mostram pouco cientes do papel do corpo – do cérebro – e da motricidade - na determinação dos processo mentais e emocionais...
Recorde-se o que foi dito antes sobre o quanto as pessoas limitam seus movimentos e seguem pela vida contendo-se – “segurando-se”.
Quanto mais as pessoas restringem seus movimentos, quanto mais seus movimentos foram limitados na infância ou são limitados pelo seu ambiente, mais predispostas estarão a sofrer de ansiedade.
Esta longa dissertação sobre a ansiedade tem como finalidade pedagógica acentuar o fato da profunda influência da respiração sobre as funções cerebrais.
E em decorrência, sobre os estados emocionais.
É preciso cultivar nos educandos a sensibilidade para perceber a respiração e as possibilidade de controle voluntário da mesma.
As tradicionais lições da Yoga – Pranayama – podem ser úteis.
Com nossas crianças, que brinquem com a respiração, variando a amplitude e a freqüência dos movimentos respiratórios, percebendo que a respiração se faz de muitos modos, dependendo da posição do corpo.
Não se trata de ensinar a “respirar direito”, do “modo certo”. Não existe um modo certo de respirar. A questão é cultivar a percepção da respiração, a dar-se conta de quando ela se restringe - e de como libertá-la.
Disse Mestre Buda: a “técnica” mais simples para alcançar a Iluminação consiste em manter-se continuamente consciente dos movimentos respiratórios”.
Fácil dizer – difícil de fazer.
Os movimentos respiratórios variam continuamente de amplitude e de ritmo – mesmo que de leve - de acordo com exigência fisiológicas, emocionais, circunstanciais. Mal percebemos estas variações, pois muito da respiração decorre em automático e não somos preparados culturalmente para dar-lhe atenção consciente.
Pagamos por isso em ansiedade: sentimos medo sem saber do que, mas “inventamos” motivos para “explicá-lo”.
Toda a Psicanálise se desenvolveu em torno das “defesas” contra a ansiedade: o que fazem as pessoas afim de não perceber que estão com medo!
A defesa mais comum contra a ansiedade é falar!
Para poder falar temos que respirar – para produzir o som; mas ao mesmo tempo temos que limitá-la afim de que ela sirva para a modelagem das palavras.
Falar é uma “defesa” que se eterniza!
65% das pessoas do Mundo e 92% dos Americanos têm telefones celulares...

Meu título lembra das mães. Glenn elogia incansavelmente as mães de crianças com lesões cerebrais. Sem sua dedicação é pouco provável que os Institutos conseguissem fazer o que fizeram.
Mas atrevo-me a dizer que há uma Velha Mãe e uma Nova Mãe, com influências quase opostas sobre a Humanidade.
As Velhas mães constituem o maior partido político conservador em todos os países do mundo. Todas desejam e fazem o possível para que seus filhos sejam “normais” (no mundo em que vivem) – e, se possível, que sejam bem sucedido. Elas eram (são?) escravas da sociedade autoritária. Preparam dedicadamente seus filhos para serem dominadores – ou submissos; e suas filhas para que continuem a carregar seu pesado dever (de escravas).
As Novas Mães, preparada pelos Institutos, são convidadas a cultivar o desenvolvimento de seus filhos e a crescer junto com eles, na edificação de um mundo melhor – para ambos.
Terminando, devo dizer de meu amor platônico e de minha amizade e admiração pela Mãe e pelo Pai da Nova Criança - Janet e Glenn Doman.


Este texto, em inglês, gravado em CD (com imagem) foi apresentado na Reunião dos Associados da Academia Internacional para o Desenvolvimento do Cérebro Infantil, realizada em maio de 2.009, em Filadélfia, ganhando para o Autor a “Estatueta com Pedestal” - a mais alta homenagem que a Sociedade presta anualmente a um autor.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

começo das reuniões em Visconde de Mauá




Primeira Reunião Aconteceu com 9 pessoas.
Rui, Naná, Miná, Marcela, Valentina, Carmem, Anderson, Silvina e Daniel.